Correspondências entre classificações fisiográficas e padrões espaciais de assembleias de aves e mamíferos no Pantanal Brasileiro

Autores/as

  • Rogério Rodrigues Faria Laboratório de Ecologia Teórica e Síntese, Departamento de Ecologia, ICB, Universidade Federal de Goiás
  • Rosana Talita Braga Laboratório de Ecologia Teórica e Síntese, Departamento de Ecologia, ICB, Universidade Federal de Goiás
  • Camila Leonardo Mioto Laboratório de Geoprocessamento para Aplicações Ambientais. Centro de Ciências Exatas e Tecnologia, Universidade Federal de Mato Grosso Do Sul
  • Antonio Conceição Paranhos Filho Laboratório de Geoprocessamento para Aplicações Ambientais. Centro de Ciências Exatas e Tecnologia, Universidade Federal de Mato Grosso Do Sul
  • Franco Leandro Souza Centro de Ciências Biológicas e da Saúde. Universidade Federal de Mato Grosso Do Sul
  • Luis Mauricio Bini Laboratório de Ecologia Teórica e Síntese, Departamento de Ecologia, ICB, Universidade Federal de Goiás

DOI:

https://doi.org/10.25260/EA.13.23.1.0.1187

Palabras clave:

regionalização, áreas úmidas, biodiversidade animal, k-means, táxons como substituto, forças de classificação

Resumen

Estudos prévios no Pantanal brasileiro sugerem que heterogeneidade fisiográfica poderia ser usada para delimitar diferentes sub-regiões. Todavia, a magnitude na qual essas regionalizações refletem padrões espaciais de variação na diversidade beta para diferentes grupos taxonômicos não foi testada até o momento. O objetivo deste trabalho foi avaliar se os esquemas de regionalização propostos para o Pantanal brasileiro descrevem adequadamente a diversidade beta para aves e mamíferos. A presença e ausência de cada espécie de mamíferos e aves foram registradas em cada uma das 80 células de 0.5x0.5 graus em um mapa de grade quadriculada. O índice de similaridade de Jaccard foi usado para estimar a similaridade em cada par de células. Um método de classificação não hierárquico (k-means) foi aplicado para obter classificação “a posteriori” das células dentro de sub-regiões. As forças de classificações (CS) de cada classificação fisiográfica e “a posteriori” foi a diferença entre similaridade média dentro (W) e entre (B) subdivisões (CS=W-B). Ambas as classificações (“a priori” e “a posteriori”) apresentaram baixos valores de CS, o que indica que elas não são aptas a representar os padrões de diversidade beta de mamíferos e aves dentro do Pantanal brasileiro. Os resultados sugerem que, provavelmente por causa da ampla distribuição geográfica e os baixos níveis de endemismo destes táxons, classificações fisiográficas do Pantanal brasileiro não são atalhos confiáveis para representar os padrões de diversidade beta de aves e mamíferos. Deste modo, inventários biológicos detalhados são necessários para a proposição de planos de conservação locais consistentes para esta região altamente diversa e ameaçada.

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Publicado

2013-04-01

Cómo citar

Faria, R. R., Braga, R. T., Mioto, C. L., Paranhos Filho, A. C., Souza, F. L., & Bini, L. M. (2013). Correspondências entre classificações fisiográficas e padrões espaciais de assembleias de aves e mamíferos no Pantanal Brasileiro. Ecología Austral, 23(1), 8–17. https://doi.org/10.25260/EA.13.23.1.0.1187